Fiz uma grande asneira; cometi um erro de forma consciente, que podia e devia ter evitado a qualquer custo!
Decidi contar a verdade, pois havia uma terceira pessoa envolvida que merecia saber o que tinha acontecido, que tinha todo o direito de saber a verdade.
A pessoa com quem cometi esse erro continua a mentir; a terceira pessoa envolvida não acredita em mim, diz-me que eu tive um qualquer objectivo macabro por estar a contar o que aconteceu. Não aceita que seja a outra pessoa que esteja a mentir e até me acha uma pessoa doente a nível psicológico. Não aceita a verdade que, eu tenho a certeza, está do meu lado.
Isto faz-me pensar em variadas coisas que me incomodam verdadeiramente.
Sempre fui educada para dizer a verdade, pois esse é o caminho mais correcto, e foi por causa desta educação que decidi contar a verdade. É certo que a educação que recebi devia ter evitado que eu cometesse o erro que cometi e para isso não há outra desculpa que não seja a estupidez natural do ser humano.
Mas também me faz pensar o quanto o ser humano não está preparado para a realidade, para a verdade, preferindo continuar a viver numa mentira, numa realidade que idealizou mas que não existe verdadeiramente.
Faz-me pensar se, realmente, devemos dizer a verdade a qualquer custo. Porque, como neste caso, as pessoas podem não acreditar e somos apelidadas de malucas, mentirosas, intriguistas e outras coisas tais que possam passar pela cabeça dos outros.
É certo que a verdade, muitas vezes, nos magoa porque serve de um abre olhos para a realidade e em relação às pessoas que nos rodeiam; mas será preferível continuar a viver enganada, na tal realidade que idealizamos e que só existe no nosso imaginário de mundo perfeito?
É complicado perceber o ser humano, cada vez mais.
Apesar disto tudo, sinto-me bem com o facto de ter dito a verdade, por mais duro que tenha sido, por mais que não acreditem em mim, me ameacem e me acusem de ter vários problemas psicológicos.